21 de abr. de 2009

"Se você sabe explicar o que sente, não ama, pois o amor foge de todas as explicações possíveis"



Carlos Drummond de Andrade

20 de abr. de 2009

Incrivel

Incrivel como todo dia acordo diferente e como nem sempre estou no caminho que escolhi, como em algumas situações não há escolhas e mesmo assim é preciso se viver e ser feliz, tentar não olhar para o que poderia ser diferente e lembrar que não foi...

19 de abr. de 2009

Mal, qual o sofrimento?


Nós, que gostamos de escrever, sofremos um mal em comum: os problemas sentimentais. Muitos de nós gosta de escrever para poder colocar o turbilhão de incertezas e dúvidas numa tentativa de idéias lógicas definidas através das palavras escritas. Se conseguimos, às vezes nem nós sabemos. Mas pelo menos ao escrever nos sentimos livres para tirar um pouco do aperto no peito, das dores de cabeça e das perguntas que martelam nossa mente. O mal, criado por nós mesmos, é o mal que os que não o sofrem não conseguem compreender como pode existir. Eles não entendem como podemos ser tão confusos, querendo sempre alguém que não nos quer, rejeitando os que nos amam, jogando sentimentos importantes no lixo e se agarrando em fiapos de apreço. Os que gostam de escrever lêem tudo o que escreveram várias vezes, incansavelmente, tentando ver se pelo menos uma pequena fagulha dos seus sentimentos reais foram parar alí no texto. Isso para nós seria um alívio, mesmo parecendo como tirar uma pena de cima de uma rocha. Lidar com sentimentos sempre foi algo complicado. Pessoas e pessoas passam pela vida e todas deixam algo importante. Muitas continuam e trazem esperanças que não deveriam existir; outras convivem conosco mesmo precisando esquecê-las; quase todos oscilamos entre vários tipos de emoções, causando náuseas de aflição e desespero. Mas, depois de um tempo, esse mal é esquecido quando alguém aparece. Alguns dias correm muito bem. O problema é que esses dias sempre duram pouco. Uma semana, duas, um mês, se tivermos sorte mais do que isso. Porém as pessoas que gostam de escrever não sabem manter um relacionamento. Talvez se, ao invés de falar escrevêssemos, daríamos certo com qualquer pessoa. Contudo os que sofrem desse mal têm que falar. E falando, muitas vezes, principalmente nessas vezes, não se dão tão bem. Não conseguem demonstrar seus sentimentos; não podem fazer mais do que já tentaram. E tentam. Os que gostam de escrever sempre insistem em suprir sua carência da melhor maneira que acreditam existir. Sempre querem mais do que têm. Nunca têm o suficiente. Acham que não. Sonham. Eles criam pessoas imaginárias, imaginam pessoas reais e, de repente, surge mais alguém. Chegam ao extremo de forçar a chegada de alguém. Ou eles bloqueiam quem aparece, pois não querem mais sofrer. Estão cansados de sofrer. Uma coisa é certa: as pessoas que gostam de escrever e sofrem deste mal sabem a importância que os sentimentos têm. Pra eles, são fundamentais. E talvez seja por isso que passam todos os seus dias tentando entender porque para eles viver os sentimentos é tão complicado. Escrevendo é como correm esses dias, tentando se livrar do mal, sabendo que se livrarão, um dia..